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O início da década de 1980 foi marcado pelo processo de redemocratização da UnB. Em maio de 1984, o professor Cristovam Buarque torna-se o primeiro reitor eleito pela comunidade universitária. A Universidade viu-se diante do desafio de se libertar do conservadorismo e retomar o status de instituição de vanguarda.

Para isso, a administração definiu projetos e metas que visavam à liberação da capacidade criativa de alunos e professores e à promoção do espírito crítico. A ideia era quebrar a hierarquia entre as áreas de conhecimento e revitalizar o ensino, a pesquisa e a extensão.

Mudanças significativas foram feitas na graduação. O semestre letivo foi ampliado e novas salas de aula foram construídas. A Universidade criou as matérias de módulo livre e um sistema informatizado para a matrícula em disciplinas.

Em apenas cinco anos, o número de vagas de graduação aumentou de 210 para 1.035. O número de disciplinas ofertadas também cresceu e passou de 1.549 para 2.089.

O número de professores aumentou em 50%. Cristovam reincorporou simbolicamente os professores que participaram da demissão coletiva em 1965. A capacitação dos professores passou a ser considerada prioridade. Em dois anos, o número de professores em programas de treinamento e capacitação aumentou em 50%.

O acervo da Biblioteca Central também cresceu. Uma mudança no orçamento viabilizou a compra de mais livros. Em vez de despesa de custeio, passaram a ser considerados investimentos. Isso permitiu que a Fundação Universidade de Brasília usasse recursos próprios para incrementar a biblioteca. Em três anos, o acervo aumentou 10%, superando 500 mil títulos.

Houve investimento em compra de equipamentos para o processo de informatização da Universidade. A UnB, que em 1985 tinha apenas um computador, passou a ter 500 em 1989.

Em março de 1989, foi criado o primeiro curso noturno na UnB, o de Administração. A instituição preparava-se para atender um novo perfil de estudantes. A necessidade de trabalhar durante o dia deixava vários cientistas e pesquisadores fora da única universidade pública de Brasília. A partir daí, foram criados 24 cursos noturnos. No 1º semestre de 2010, o turno teve 5.052 estudantes matriculados.

Com o programa de apoio à pesquisa, a produção científica da UnB cresceu 105% entre 1985 e 1986 e 68% entre 1986 e 1987. Recursos próprios da UnB serviram para financiar pesquisas selecionadas e custear participações em colóquios, reuniões e seminários.

Houve também ampliação no número de bolsistas e monitores. Com recursos próprios, verbas repassadas pelo Ministério da Educação (MEC) e por instituições privadas, o número de bolsas aumentou em 800%.

A administração investiu em infraestrutura de apoio administrativo, com um novo plano de cargos e salários e um programa de treinamento dos funcionários. Nessa época foi criada a Prefeitura e houve investimento na recuperação do campus: mais de 100 obras foram executadas, totalizando cerca 30 mil m² construídos ou reformados.

Para reforçar o compromisso social da UnB, foram criados os núcleos temáticos, que abordavam as demandas brasileiras com olhar multidisciplinar. Essa estrutura permitia o encontro de pesquisadores de diversas áreas em busca de soluções para os desafios do país.


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